Órgão Ambiental determinou paralisação de cinco caminhões e autuou empresa por vazamento de chorume

Representantes da empresa Renova foram conduzidos à 3ª Delegacia Metropolitana para prestar esclarecimentos nesta manhã por fiscais da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), com o apoio da Companhia Independente Ambiental (CIPAm) da Polícia Militar. A condução foi motivada pela desobediência à determinação de paralisação de cinco caminhões da coleta de lixo de Aracaju, devido à ausência de condições de operação.
Expedida ontem pela Adema, a ordem estabelecia a não circulação dos cinco veículos listados e sua permanência na garagem para inspeção. No entanto, ao chegar à Renova, os fiscais não encontraram os caminhões onde deveriam estar e foram informados que eles teriam sido enviados para um posto de lavagem. Pela desobediência, parte da equipe da Adema e a CiPAm conduziram o gerente da empresa à delegacia para esclarecimentos, enquanto a outra parte da equipe se dirigiu até o posto de lavagem, onde só foram encontrados quatro caminhões – o quinto estava em circulação e chegou depois. Foram todos interditados.
Dos referidos caminhões, quatro não possuem laudos de Teste de Estanqueidade e um até possui, mas foi flagrado vazando chorume pela equipe da Adema em uma das fiscalizações realizadas pelas ruas da capital. Os fiscais percorreram diferentes bairros em dias distintos com o intuito de verificar a atividade, e também identificaram a circulação de alguns caminhões coletores quebrados e inadequados para coleta de resíduos urbanos classe II. O fato, somado às denúncias de vazamento de chorume veiculadas pela imprensa, ocasionou nova autuação por infração ambiental.
O presidente da Adema, Carlos Anderson Pedreira, reafirma que o órgão ambiental vem acompanhando a operação da empresa, que já foi notificada e autuada em quase R$ 1,5 milhão por ter iniciado a operação antes da emissão das licenças ambientais. “Se antes a Adema não havia paralisado a operação porque o dano ao meio ambiente era potencial, agora ele já foi constatado. Em que pese a importância do serviço para a saúde pública, ele não pode ser realizado de qualquer jeito. Por isso, estamos adotando medidas mais efetivas para que a empresa tome providências para regularizar”, afirmou.
Até a conclusão da matéria (10h52), a equipe da Adema e representantes da Renova permaneciam na delegacia aguardando para prestar depoimento.
|Fotos: Lucas Campos e Equipe de Fiscalização