Especialistas da Adema e da Visão Ambiental ensinaram técnicas para manejo adequado na captura de animais silvestres para agentes de segurança pública

Na manhã desta sexta-feira, 29, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) ministrou capacitação sobre a captura de animais silvestres para agentes das forças de segurança. O curso foi promovido pela Superintendência de Proteção Animal de Sergipe (SupAnimal) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), com a participação também da Visão Ambiental, responsável pela execução do Programa de Monitoramento de Praias da Bacia Sergipe e Alagoas (PMP-SEAL), e o apoio da Uninassau.
O público-alvo foi composto por agentes do Pelotão Ambiental da Polícia Militar de Sergipe (PMSE) e do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), atendendo, segundo a superintendente de Proteção Animal da Semac, Kitty Lima, a uma demanda existente. “Em reunião com o Ciosp, todos relataram a necessidade da promoção de cursos que pudessem capacitar seus agentes para lidar com situações diárias que vivenciam na captura de cobras, capivaras, jacarés, dentre outros animais silvestres que entram em residências. Então, é de extrema importância ter o nosso pessoal preparado, sabendo lidar e, consequentemente, garantindo a proteção dos animais resgatados, para que eles não sejam machucados”, enfatiza.
Os profissionais que participaram do curso avaliaram positivamente a possibilidade de aprender mais para a realização do trabalho diário de captura desses animais de forma segura. “Queria agradecer a oportunidade de mais um curso para o Pelotão Ambiental. Um curso importante para que a gente tenha mais conhecimentos na área do resgate. Ajuda muito na hora da captura, para que o animal não sofra nenhum tipo de lesão e seja entregue ao Cetas para avaliação e posterior soltura”, afirma o ST Daniel de Melo, do Pelotão de Polícia Ambiental.
Para o soldado Alan Santos, do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe, cursos como esse são essenciais não só para a segurança dos animais, mas também para a segurança de quem faz o resgate. “Com o avanço das cidades, os animais começam a interagir com os seres humanos, o que é maléfico para ambos, porque tanto as pessoas podem sofrer um ataque num ato de defesa desse animal, quanto eles podem se machucar quando são capturados de forma inadequada”, apontou.
O ensino do manejo correto tem por objetivo o encaminhamento dos animais para o seu habitat natural em segurança, segundo afirma o veterinário da Adema, Daniel Allievi. “Nesta manhã de capacitação, a gente buscou abordar práticas e técnicas adequadas para a realização do resgate de animais silvestres, especialmente em situações de risco, para que os agentes aprimorem ainda mais essas técnicas utilizadas na contenção desse animais, evitando riscos tanto para os profissionais que estão realizando esse trabalho, quanto para os animais que estão sendo manuseados”, indicou.
O coordenador de monitoramento de praias da Bacia Sergipe-Alagoas (PMP-SEAL), Andrews Sá, foi o segundo palestrante da manhã. “Nosso objetivo é que os participantes conheçam um pouco da fauna marinha e silvestre encontrada na nossa região, e adquiram os conhecimentos básicos para a realização de um primeiro atendimento e para que consigam nos auxiliar no resgate desses animais”, concluiu.
Fotos: Rebecca Melo